Filmes

Argentina, 1985

  • Titulo original: Argentina, 1985
  • Ano de lançamento: 2022
  • Genero: Suspense, Histórico, Drama
  • Duração: 141 minutos
  • Nacionalidade: Argentina
  • Censura: 16

Baseado em fatos reais, “Argentina, 1985” se inspira na história de Julio Strassera, Luís Moreno Ocampo e sua equipe, que processam militares da ditadura argentina, mais conhecida como Julgamento das Juntas. O processo começou pouco tempo antes do começo do julgamento, quando dois promotores começam a pesquisar e julgar as cabeças da Ditadura Militar Argentina. 

Indicação de Raisa Cruz Braga, promotora substituta: 

“Sei muito bem qual é o meu trabalho. Sou Promotor”, diz Julio Strassera, Promotor de Justiça responsável pela “Causa 13/84”, emblemático julgamento que começou em 22 de abril de 1985, contando com mais de 800 testemunhos e 709 casos que foram julgados e sentenciados pelos juízes León Arslanian, Ricardo Gil Lavedra, Jorge Torlasco, Andrés D'Alessio, Guillermo Ledesma e Jorge Valerga Aráoz.  

Inspirado em fatos reais, o longa argentino conta a história do Julgamento das Juntas, considerado o maior julgamento civil de crimes cometidos por um regime desde Nuremberg e o primeiro em que um tribunal civil julgou oficiais militares por crimes de lesa-humanidade. 

Em um país fragilizado e com a democracia ainda em construção, o experiente Promotor de Justiça Julio Strassera, com o auxílio do jovem Promotor Adjunto Luís Moreno Ocampo, enfrenta a árdua missão de reunir provas dos crimes praticados por nove poderosos comandantes militares, após o regime ditatorial que perdurou por quase uma década e foi responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 30 mil pessoas na Argentina. O tempo de preparação foi curto e apenas sete meses separaram o fim do antigo regime e o início do julgamento, realizado por um tribunal comum e não militar.  

Para além das dificuldades inerentes à persecução criminal em uma causa de tamanha repercussão e complexidade, a partir da lente do protagonista, o Promotor Strassera, são expostos os seus medos, a insegurança, os conflitos familiares, e por que não dizer a culpa, mas também a coragem de encampar o desafio de demonstrar, inclusive à sociedade argentina, que “a paz deve ser forjada não no esquecimento, mas na memória”, mediante um processo de justiça de transição. 

Ao longo do processo e julgamento, relembra-se a importância da associação das Mães da Praça de Maio e são trazidos relatos impactantes e reais de vítimas da ditadura militar, como Adriana Calvo de Laborde, sequestrada quando estava grávida, que escancara a violência e a tortura como método recorrente na ditadura. 

“Nunca mais”, é a derradeira frase dita por Strassera em suas alegações finais, uma vez encerrada a instrução. 

Argentina, 1985 nos convida a visitar o papel do membro do Ministério Público como agente promotor de justiça e de defesa do regime democrático, além de nos recordar a importância de repudiar qualquer naturalização ou atenuação dos horrores de regimes autoritários. Mais que isso. O filme pode (e deve!) ser assistido por todos, pois proporciona uma profunda reflexão sobre nossa própria história e realidade. 

Vale lembrar que, no Brasil, a Lei da Anistia foi considerada pelo STF como compatível com a CF/88 e perdoou os militares autores de crimes conta a humanidade no período de 1961 a 1979. 

Referência: AdoroCinema 

Trailer 

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