- Titulo original: Padman
- Ano de lançamento: 2018
- Genero: Comédia
- Duração: 140 min.
- Nacionalidade: índia
- Censura: +14
Sinopse
Apesar da humilhação pública e da resistência, um empreendedor vende um absorvente íntimo de baixo custo que até as mulheres mais pobres da Índia podem pagar.
Indicação da associada Katia Kruger, promotora de Justiça:
O Filme “Padman” é inspirador! Baseado em fatos reais, consta a história ocorrida no sul da Índia, de um homem (Arunachalam Muruganantham) que demonstrou profunda preocupação, empatia e amor por sua esposa, e que através de uma atitude firme em busca de uma forma de produzir absorventes a um custo mais baixo, transformou a vida de milhares de mulheres.
O pano de fundo do roteiro é a saúde menstrual e todo o tabu que circunda a menstruação.
Ele expressa indignação quando percebe que a esposa utiliza pedaços de panos velhos e sujos para conter o fluxo menstrual, e vai atrás de uma solução.
A sua comunidade não entende o grande interesse dele por “assuntos femininos”, e acaba por bani-lo. Mas ele não desiste.
Como todo bom filme indiano, tem uma fotografia belíssima, paleta de cores fortes, e música empolgante. Mas não é só. Consegue mesclar drama com comédia, e até mesmo nas cenas engraçadas, instiga reflexão.
O filme é feito com muita sensibilidade na abordagem do tema de pobreza e higiene menstrual, mas também tem toques de protagonismo feminino, empreendedorismo e inovação.
Há várias cenas que eu poderia destacar, mas uma em especial: a do discurso emocionante na ONU.
Apesar do filme ter sido lançado em 2018, o tema continua sendo atualíssimo.
Arunachalam Muruganantham (“Muruga”) em 2012, ganhou o prêmio de Inovação Nacional Indiana e em 2014, apareceu na lista de 100 pessoas mais influentes do ano pela Time.
No Brasil houve recentemente a sanção da Lei 14.214/2021 que criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, no entanto houve veto presidencial à previsão de distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua. Deputados e Senadores ainda não analisaram o veto. Talvez seja pautada a sessão para março de 2022.
Referência: Filmelier.