Filmes

The Morning Show

  • Titulo original: The Morning Show
  • Ano de lançamento: 2019
  • Genero: Drama
  • Duração: Série de 4 temporadas
  • Nacionalidade: EUA
  • Censura: 14

Confira abaixo a resenha crítica realizada pela associada e promotora de Justiça, Barbara Garla Stegmann.

The Morning Show” explora o implacável mundo do noticiário matinal e a vida das pessoas que acompanham a vida do telespectador norte-americano. Contada sob a perspectiva de duas mulheres complexas que, além de terem que lidar com os perigos ocultos em suas prestigiadas profissões, enfrentam crises na vida pessoal e profissional, “The Morning Show” é um drama extremamente sincero que analisa a dinâmica de poder entre mulheres e entre mulheres e homens no ambiente de trabalho (Apple TV).

Não tem como iniciar a falar sobre esta série sem mencionar seu elenco, que merece um parágrafo à parte. Protagonizando as inesquecíveis Rachel Green (Jennifer Aniston) e Elle Woods (Reese Witherspoon), a série conta ainda com a forte participação de Steve Carell no papel masculino principal, retratando a imagem de um homem heterossexual que esbanja - e não se esforça em esconder - o machismo tão enraizado na sociedade. 
 

A trama que tem lugar no mundo do noticiário matinal norte-americano retrata com riqueza inúmeros desafios impostos às mulheres no mercado de trabalho, que costumam passar despercebidos pela sociedade de modo geral (inclusive por outras mulheres).
 

O desafio de se provar profissionalmente, de equilibrar vida pessoal e profissional, de lidar com a insegurança e com as expectativas externas, de vencer as torcidas alheias pelo fracasso e a resistência da sociedade em ver mulheres em posições de destaque, antes ocupadas por homens.
 

Como se não bastasse, a série aborda com maestria o movimento #metoo, explorando de forma intensa situações de assédio no ambiente de trabalho.
 

Nessa temática, preciso ressaltar um dos pontos mais marcantes da série até agora (nas suas duas temporadas já disponíveis), que é também uma das cenas que mais me comoveram em toda a televisão. Um dos episódios (não direi qual e nem darei detalhes para não dar spoiller) retrata uma situação de assédio que foi capaz de ilustrar o constrangimento, a dor, o abuso psicológico e a situação de submissão imposta às vítimas desse crime. Roteiro, direção e atores foram precisos em desconstituir todas as pretensas “justificativas” que a sociedade tende a conceder aos agressores e em retratar a vítima na situação dura e crua de vítima de um crime injustificável.
 

Ainda sem dar spoillers, é hipnotizante ver o desenvolvimento das fortes e complexas mulheres da série e a forma que elas se relacionam entre si – e como a união delas as deixam implacáveis.
Apesar da temática forte e pesada, a série é cheia de cenas leves e divertidas, entregando um ótimo entretenimento com plano de fundo na cidade de Nova Iorque, um convite irrecusável para uma boa maratona televisiva.
 

Para ser justa, além dos highlights que trouxe aqui, que foram os que mais me marcaram, a série ainda trata de outras temáticas importantíssimas, como racismo, homofobia e conflitos éticos, bem como conta com excelentes atuações de outros atores que também mereceriam um parágrafo a parte – mas vou deixar para vocês descobrirem assistindo.
 

No decorrer dos episódios, a série se torna cada vez melhor e mais viciante, com finais de episódios chocantes, daqueles que nos fazem ficar aflitos pela continuação. Ouso dizer que as continuações não decepcionam e cada episódio é melhor que o anterior, não sendo por outra razão ter sido a série premiada com os mais importantes prêmio da televisão mundial, como EMMY, SAG Awards, Critcs Choice Awards, entre outros.

Confira o trailer da série:

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