Livro lindo que vale a leitura, vai deixar todas com um gostinho de quero mais e com saudades de Violete Toussaint, a narradora e personagem principal dessa complexa história.   

A escrita é fascinante, poesia e prosa bem equilibrados, explorando a trajetória de Violette em busca de seu passado e futuro.  

Esse livro traz uma reflexão sobre solidão, luto e abandono, revelando as cicatrizes que a vida sem amor nos impõe.  

A leitura surpreende a cada página, nos comovendo com a resiliência de uma mulher em busca de cura, a qual narra seu cotidiano no cemitério de Brancion-en-Chalon, local em que trabalha como zeladora há mais de vinte anos. 

Quando se compreende o motivo pelo qual Violette optou por morar nesse excêntrico local, a empatia e sororidade brotam dos nossos corações de forma imediata.   

Apesar de ter vivido uma infância conturbada, que culminou em seu acolhimento, um marido infiel e outras feridas ainda mais profundas, Violette forma uma nova “família” com os demais funcionários do cemitério e adota uma rotina que lhe salvou do suicídio, cuidando do jardim do cemitério, plantando legumes, verduras e flores, aprendendo sobre o ciclo da vida.  

Com a chegada de Julien Seul, Violette aprende sobre a capacidade de redenção do amor, sobretudo do amor maduro.  

Uma ode ao cotidiano, à resiliência e fé no amor. 

Texto da associada: Julyeth Alamini dos Santos