- Titulo original: Violeta
- Ano de lançamento: 2022
- Autor(a): Isabel Allende
- Genero: Literatura, ficção
- Páginas: 322
- Nacionalidade: EUA
Violeta veio ao mundo em um dia tempestuoso de 1920, a primeira menina em uma família com cinco filhos. Desde o início, sua vida foi marcada por acontecimentos extraordinários: ainda era possível sentir os efeitos da Grande Guerra quando a gripe espanhola chegou ao seu país, pouco antes do seu nascimento.
A família saiu ilesa dessa crise, mas não conseguiu enfrentar a seguinte. A Grande Depressão transformou totalmente a vida urbana que Violeta conhecia. Sua família perdeu tudo e foi forçada a se mudar para uma parte mais remota do país. Lá, ela cresceu e terá seu primeiro pretendente.
Violeta narra sua história em uma carta à pessoa que mais ama nessa vida, contando decepções e casos amorosos, momentos de pobreza e riqueza, terríveis perdas e imensas alegrias, sempre permeando grandes eventos da história: a luta pelos direitos das mulheres, a ascensão e queda de tiranos e, em última análise, não uma, mas duas pandemias.
Contada pelos olhos de uma mulher apaixonada, determinada e com senso de humor, Isabel Allende - autora de “A casa dos espíritos”, “Muito além do inverno”, “Longa pétala de mar”, entre outros - nos conduz por uma vida turbulenta na forma de um romance épico, inspirador e profundamente emocionante.
Indicação de Wilza Machado Silva Lacerda, promotora de Justiça:
Violeta nos traz uma narrativa, em primeira pessoa, de uma mulher que nasceu no início do século XX e vive até o início do século XXI. Sobrevive, na infância, à Gripe Espanhola e, na velhice, à COVID-19, fazendo uma interessante ligação entre as duas pandemias, demonstrando pontos comuns entre as doenças, os quais não conhecia.
Violeta é uma mulher forte, destemida e corajosa que nasce em uma família de posse e prestígio social e político, mas, ainda na infância enfrenta a perda dos bens com a falência da família e a necessidade de mudança e adaptação em uma vida de pobreza. Na juventude, enfrenta os preconceitos e padrões da época, adversos à condição de gênero, para se erguer pelo próprio trabalho e viver suas paixões e seus “pecados”, livremente como ela diz. Sua maturidade é marcada pelos duros anos de ditadura na América do Sul e o envolvimento de um dos seus amores com os agentes dos Estados Unidos da América e sua interferência na política latina.
A escritora sabe conduzir o fio da narrativa de modo a nos deixar presos à leitura e torcendo pela protagonista, ao mesmo tempo que contextualiza o romance com as questões sociais e políticas do século de vida de Violeta.
Por tudo isso, vale muito a leitura.