Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora, e política brasileira. Mulher, negra e pobre, Antonieta é um exemplo de mulher que foi protagonista de sua própria história, tornando-se a primeira deputada estadual negra do país e a primeira mulher eleita deputada estadual de Santa Catarina.

Inspiração para o movimento negro, foi uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e todas e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do país.

Nascida na capital do estado de Santa Catarina, em 1901, Antonieta é filha de uma lavadeira e órfã de pai. Formou-se, em 1921, na Escola Normal Catarinense - atual Instituto Estadual de Educação, com o título de professora de Português e Literatura. Em 1922, fundou o “Curso Particular Antonieta de Barros”, o qual dirigiu até a sua morte (1952), destinado à alfabetização da população carente. Também se destacou na carreira de jornalista, com centenas de artigos, crônicas e com a direção da revista “Vida Ilhoa”, na qual ela assinava com o pseudônimo “Maria da Ilha”.

Atuando no ramo político, Antonieta, aos 33 anos, foi a única mulher candidata na eleição da Assembleia Constituinte de 1935. E venceu. Já como deputada, atuou em prol da educação e lutou durante sua vida pelo reconhecimento da mulher, que, segundo ela, sempre foram “injustamente silenciadas”.

Antonieta de Barros teve sua imagem eternizada em um mural na Rua Tenente Silveira, no Centro de Florianópolis/SC. A homenagem foi inaugurada em 2019.

Com informações: Afreaka, A Cor da Cultura e Memória Política de Santa Catarina (2019).