No mês de outubro de 2018, a associada Roberta Franco Massa, promotora de Justiça, palestrou em duas universidades de Curitiba. Veja como foi!

PUC-PR - Democratização das instituições

No dia 1º de outubro, a associada palestrou no evento Constituição, Democracia e Resistência, com o tema Democratização das Instituições, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). O evento foi voltado aos alunos de graduação de Direito da Instituição.

Na ocasião, a associada falou sobre a importância da participação feminina nas instituições brasileiras, enfatizando os Ministérios Públicos brasileiros. Roberta Massa ressaltou o movimento dentro do MPPR, no qual as mulheres tem se organizado, por meio da Diretoria de Mulheres da APMP, no sentido de se efetivar uma verdadeira representatividade e participação nas decisões afetas à classe.

Após exposição do tema, houve um debate com outra palestrante presente na ocasião, Sabrina Mob Taborda, representante do Movimento Trans em Curitiba, para tratar sobre a participação da comunidade LGBTI nas instituições públicas.

A promotora de Justiça compartilhou com a APMP sua visão sobre a importância da democratização nas instituições: É de suma importância democratizar as instituições públicas no sentido de se abrir a possibilidade de nos fazermos representadas e, mais do que isso, de efetivamente assumirmos posições de liderança e de decisões, não somente como classe, mas também para atendimento dos anseios femininos tão singulares e que merecem igual atenção. Precisamos ter nosso lugar de fala, para sermos ouvidas, entendidas e atendidas. A importância da participação feminina contribui para o alcance de decisões racionais e imparciais, conduzindo à reafirmação do caráter democrático que deve pautar toda e qualquer decisão advinda de instituições públicas. 

Roberta lembra que ainda há muito que se conquistar, pois as mulheres estão presentes no mercado do trabalho, mas, em sua maioria, não ocupam os cargos mais altos nas instituições: Hoje, no mundo inteiro, falar sobre democracia é falar sobre minorias, entendidas como grupos significativos de pessoas, que gozam de direitos (ou deveriam gozar), mas que não possuem efetiva participação nos poderes e espaços de decisões políticas. Não há dúvida de que nós, mulheres, ainda somos minorias. Representamos mais de 50% da população brasileira, já estamos plenamente presentes no mercado de trabalho, alcançamos acesso praticamente igualitário nas instituições públicas e, no entanto, não ocupamos espaços de decisões.

UniBrasil - Iniciação científica

No dia 23 de outubro, Roberta Massa participou do XIII Evento de Iniciação Científica (EVINCI), realizado no UniBrasil - Centro Universitário e promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Assuntos Comunitários (PROPPEx).

Como estudante do curso de Mestrado em Direitos Fundamentais e Democracia pelo UniBrasil, a associada pôde compartilhar com os graduandos sua experiência acadêmica e profissional, além de incentivá-los a integrar o meio acadêmico. “Para aqueles que estão cursando pós-graduação, participar destes eventos de iniciação científica é de suma importância para termos acesso ao que está sendo pesquisado e debatido no campo do Direito, quais são as atuais discussões e preocupações da academia quanto ao futuro da ciência jurídica. E o evento proporcionado pelo UniBrasil possibilita a participação dos alunos graduandos, o que amplia e enriquece o debate, além de despertá-los para o interesse à pesquisa. Foi uma semana de intenso trabalho, mas altamente revigorante”, comentou Roberta Massa.

A mestranda afirma que a academia, em todas as suas esferas, é e deve continuar sendo um espaço de liberdade de ideias e discussões. Ela complementa, ainda, que a ciência humana deve se pautar pelo senso crítico, pelo eterno questionamento da ordem das coisas: “Trabalhamos com pessoas, com relações humanas, e relações humanas são complexas por natureza, o que requer de nós uma peculiar sensibilidade de não nos acomodarmos com as perguntas sem respostas”.

Roberta Franco Massa finaliza dizendo que a pesquisa é um ato que sempre deve estar em desenvolvimento, para a evolução do ser humano: “Incentivar a pesquisa é não deixar o senso crítico, que deve pautar todo profissional do Direito, adormecer; é eternamente questionar e saber questionar o estado das coisas, saber que devemos caminhar para algum lugar, e não para lugar nenhum. Mergulhar no desconhecido, abrir-se para o novo e ampliar o conhecimento só tem a enriquecer todo e qualquer graduando e graduado de Direito, e isso somente a academia (e seu espaço de liberdade de expressão por excelência) possibilita”.

Palestra UNICURITIBA

Palestra PUCPR