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Os olhares femininos nas investigações dentro de grupos de atuações especiais

Conheça mais sobre o trabalho de associadas no GAECO e no GEPATRIA
28 de março de 2023

 A série de matérias especiais da APMP do mês de março destacando o trabalho de associadas traz hoje um pouco mais da atuação de mulheres do Ministério Público do Paraná (MPPR) dentro de dois grupos específicos da instituição: o Grupos Especializados na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (GEPATRIA) e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).   

Os dois grupos trabalham de maneira regionalizada dentro de suas respectivas esferas de atuação. Em comum, ambos contam com um quadro composto majoritariamente por homens, o que, no entanto, não diminui o tamanho e a importância da contribuição das mulheres nestas áreas. 

“É a diversidade que traz a riqueza para a investigação”   

O GAECO é o órgão do MPPR responsável por investigações, atividades de combate e ações penais relacionadas ao crime organizado e ao controle externo da atividade policial. O grupo trabalha de maneira regionalizada. Em Curitiba, a promotora de Justiça, Nicole Pilagallo Da Silva Mader Gonçalves, é uma das mulheres que atua dentro do grupo especial.   

Nicole Gonçalves relatou que entrou no MPPR por acreditar que a instituição tem o poder de transformação da realidade social. Com o decorrer de sua carreira percebeu que combater o crime era uma ferramenta de defesa social importante, inclusive para causas de direitos humanos e ambientais, por exemplo. “Sempre pensei em uma atuação voltada às questões mais sociais e ambientais. E no começo da carreira nós atuamos praticamente em tudo”, disse.  

“Quando estava atuando em Antonina identifiquei em uma situação ambiental a possibilidade de fazer uma investigação criminal. A investigação se tornou uma operação com proporções maiores, que deu um resultado bacana. Nesse momento passei a me aproximar dessa área criminal. Fiquei fascinada em poder utilizar os elementos da investigação para fazer justiça”, relembrou a promotora.  

Promovida para atuar em Guarapuava, rapidamente a promotora passou a ocupar função no GAECO local, onde trabalhou em parceria com outro grupo especial, o GEPATRIA. Posteriormente seguiu para Curitiba, local em que está atualmente. 

“Vim para Curitiba e a experiência aqui se acentuou. É tudo extremamente instigante e um aprendizado novo a cada dia. Trabalhamos em equipe com o objetivo comum de buscar solucionar os casos mais complexos da criminalidade”, apontou Nicole Gonçalves.   

Sendo uma das poucas representantes femininas que atua no GAECO no estado, a associada fez questão de ressaltar o quanto os colegas de trabalho foram e são importantes em seu dia a dia, independentemente do gênero. Ela lembra que a diversidade de olhares é fundamental em uma investigação.  

“Cada promotor ter um modo de ver uma investigação. Somos pessoas diferentes, o que vale é a diversidade. Vejo as coisas com minha bagagem de vida, acadêmica e profissional. É a diversidade que traz a riqueza para a investigação, quanto mais pessoas com pontos de vistas diferentes, será melhor”, completou.  

“O MPPR é um lugar de todo mundo”  

Assim como o GAECO, o GEPATRIA também atua de maneira regionalizada em todo o estado. A diferença é que o grupo atua na proteção do patrimônio público e no combate à improbidade administrativa. Em todo o estado apenas duas mulheres fazem parte do GEPATRIA. Uma delas é a promotora de justiça e 2ª tesoureira da APMP, Leandra Flores. 

Filha de empregado público, a promotora estudou em escolas públicas e cursou direito em uma universidade federal. Por todo esse histórico, ela diz se sentir realizada em atuar diretamente no grupo que protege a aplicação do dinheiro público. “Acredito no dinheiro público para trazer benefícios para a comunidade. Usar toda essa formação, tudo o que o estado investiu em mim e transformar isso em uma profissão que proteja o dinheiro público, pra mim fez muito sentido”, contou a promotora de Justiça. 

Leandra Flores se orgulha em representar as mulheres dentro do GEPATRIA. “O MPPR é um lugar de todo mundo e é rico para a área em que atuo essa visão feminina, apesar de ainda ser majoritariamente masculino. Exatamente por ter uma visão diferente da maioria acabo tendo mais vantagens que dificuldades na jornada, pois atuo em uma área que exige uma visão interdisciplinar e eu trago uma visão diferente do ambiente majoritário”, celebrou a associada. 

Ela finaliza ressaltando a importância da diversidade dentro do órgão. “Quanto mais diversidade tiver, mais vai acrescentar, e maior será nossa chance de sucesso como instituição”, finalizou Leandra Flores. 

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